A raiva é uma zoonose, doença transmitida por animal, causada por um vírus. Essa doença apresenta letalidade de 100% e é conhecida desde a antiguidade. As manifestações dos sintomas iniciam por em média uma semana. Essa doença infecciosa é muito importante, principalmente para países em desenvolvimento como o nosso e regiões urbanas. Continue lendo para saber mais!
1. Raiva Humana
A raiva é uma doença viral causada pelos vírus do gênero Lyssavirus da família Rhabdoviridae. Essa doença é uma zoonose, com infecção disseminada por animais como gato e cão, normalmente em perímetro urbano e também por animais silvestres no perímetro rural.
2. Contaminação pela Raiva Humana
Para que o vírus da Raiva consiga afetar o ser humano é necessário contato por inoculação do material contido na saliva do animal com arranhaduras ou mordeduras, principalmente os cães e gatos no perímetro urbano. Já no meio rural essa contaminação acontece pelo morcego e outros animais silvestres.
3. Sintomas da Raiva Humana
O vírus da Raiva Humana é psicotrópico, isso significa que ele possui predileção pelo sistema nervoso. Por esse motivo o quadro costuma ser:
- Encefalite aguda – dor de cabeça intensa -;
- Febre;
- Mal-estar generalizado;
- Irritabilidade;
- Ansiedade;
- Delírios;
- Espasmos musculares;
- Fotofobia – desconforto com as luzes.
- Hidrofobia – incapacidade de consumir e aversão aos líquidos.
4. Diagnóstico da Raiva Humana
O diagnóstico da Raiva leva em conta no meio urbano com o contato com animais com suspeita da doença, principalmente os gatos e cães de rua, e no campo, contato com animais silvestres, principalmente por morcegos.
Além do histórico, os sintomas neurológicos, como espasmos, hidrofobia, delírios e irritabilidade global aumentada, e os sintomas infecciosos como a febre e o mal-estar generalizado contribuem para a suspeita.
Por fim podemos lançar mão de alguns exames, tais como o exame da saliva obtida das mucosas e a necrópsia, após o falecimento do indivíduo.
4.1 Diagnóstico diferencial da Raiva
Algumas doenças podem possuir manifestações semelhantes com a Raiva, tais como o tétano, herpes, botulismo, encefalites. Mas vale a ressalva que o quadro da raiva é muito específico, mesmo sem os exames laboratoriais.
5. Tratamento da Raiva
Apesar de um histórico de mortalidade de 100% da raiva humana, existem medidas que podem ser realizadas frente a um caso de raiva. Atualmente é utilizado o protocolo Milwaukee, que consiste na indução do coma, controle dos sinais vitais e uso de antivirais. Esse tipo de tratamento necessita ser realizado o mais precocemente possível e dentro de leito hospitalar para evitar a contaminação e permitir um melhor prognóstico do indivíduo.
Todas as pessoas com suspeita de contrair o vírus da raiva devem procurar imediatamente ajuda médica. O especialista em infecções é o infectologista médico que possivelmente irá acompanhar o indivíduo e tomar as principais medidas para restaurar a saúde do paciente e prevenir outras pessoas da infecção.
6. Raiva Humana: Vacina Antirrábica
A profilaxia da Raiva humana inclui a utilização da vacina e soro e também medidas para a redução da circulação do vírus nos animais do meio urbano e do meio rural. A vacina da raiva não possui qualquer contraindicação e deve ser realizado o mais precoce possível para garantir o esquema completo, sem qualquer custo envolvido na disponibilização pública.
6.1 Outras medidas de controle da Raiva
As principais medidas de controle, relacionadas com a prevenção da doença inclui a cobertura vacinal dos animais domésticos, além de evitar o contato desses com os animais de rua, os quais podem ser capturados, e, na suspeita de infecção, realizada a eliminação desses animais de rua, medida desnecessária se reduzirem as taxas de abandono de animais e demais cuidados para reduzir a circulação do vírus no meio urbano.