Leptospirose grave: conheça a Síndrome de Weil

Leptospirose

A leptospirose é uma doença febril causada por uma bactéria espiroqueta. Essa doença é causada por uma bactéria contida principalmente na urina de roedores, que pode entrar em contato com a pele gerando a doença de maneira acidental nos seres humanos. Existem complicações dramáticas como a síndrome de Weil, que levam a um risco importante de mortalidade. O tratamento da doença consiste no manejo dos sintomas e utilização de antibioticoterapia. 

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1. Leptospirose: contaminação pela bactéria

A leptospirose é causada por uma bactéria do grupo das espiroquetas, a Leptospira interrogans. Essas bactérias possuem um formato helicoidal (semelhante à mola) que permitem a ela a capacidade de adentrar os tecidos quando expostos, produzindo a doença.

1. Leptospirose e o rato de esgoto

Os hospedeiros definitivos da leptospirose são principalmente os roedores, mas também podem afetar caninos, bovinos, equinos, ovinos e caprinos. Uma vez contaminados, a bactéria migra até o sistema renal, onde se reproduz e é eliminada na urina.

A urina dos animais contaminados com a Leptospira sp. pode levar à doença. Por esse motivo, contato direto com água das chuvas, como nas enchentes, são fatores de risco para a manifestação da doença.

2. Sintomas da Leptospirose clássica

A leptospirose clássica é uma doença caracterizada por febre abrupta, associada com os seguintes sintomas:

  • Febre e mal-estar;
  • Cefaleia e dor muscular;
  • Anorexia, náuseas e vômitos;
  • Alteração da vasculatura dos olhos com fotofobia e dor;
  • tosse.

Essas manifestações costumam prosseguir por um período de 3 a 7 dias, sem deixar sequelas e respondem bem ao tratamento padrão.

3. Formas graves da Leptospirose

Cerca de 15 % dos indivíduos contaminados pela leptospirose evoluem para as formas graves, as quais possuem suas manifestações agrupadas na Síndrome de Weil, caracterizada por sintomas relacionados à danos às pequenas vaculaturas do corpo.

A Síndrome de Weil possui mortalidade de 50% e sua forma clássica é manifestada pela tríade:

  • Hemorragias, principalmente a hemoptise (tosse com sangue) podendo levar à hemorragia pulmonar maciça.
  • Icterícia (pele amarelada) causada pela lesão dos hepatócitos, células hepáticas, que, na incapacidade de processamento dos pigmentos, leva ao surgimento de icterícia.
  • Lesão renal, pois é o tecido renal é o mais acometido pelas bactérias.

4. Diagnóstico da Leptospirose

O diagnóstico da doença é realizado por um médico e é pautado em uma histórica clínica detalhada, a qual contém, normalmente, um relato de contato com água da chuva ou com conteúdo urinário de ratos, como em celeiros, aviários e outros locais do campo.

Além disso, é possível isolar porções do material genético do organismo no sangue, como o PCR e o ELISA.

Outros exames podem ser solicitados de maneira indireta, avaliando os órgãos acometidos por meio de eletrólitos, provas de função renal e hepática.

5. Tratamento da Leptospirose

O tratamento da leptospirose consiste no controle dos sintomas clínicos e, para a forma grave, um regime de internação para a realização dos antibióticos e outras medicações pela via endovenosa, as quais podem ser reposição de eletrólitos, transfusões sanguíneas, nutrição, medicamentos para controle da febre, náuseas e para proteção gástrica.

Casos em que existe uma piora significativa da função renal, podem demandar a realização de hemodiálise, cuja modalidade peritoneal reduz a mortalidade da doença.

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