A leptospirose é uma doença infecciosa, caracterizada por sintomas febris. A causa da leptospirose é uma bactéria que vive em animais domésticos e selvagens, sendo o ser humano um hospedeiro acidental. Os animais costumam eliminar as bactérias pela urina e, em meses chuvosos, existe maior exposição, principalmente relacionado às enchentes, ainda comuns por todo o Brasil. Essa doença possui complicações graves, que podem levar à morte, e por isso demanda cuidados e o tratamento precoce. Continue lendo para saber mais sobre a doença!
1. Qual causador da Leptospirose?
O causador da leptospirose é a bactéria Leptospira interrogans, principalmente. Essa bactéria é anaeróbica obrigatória, isso significa que ela apenas consegue sobreviver em ambientes sem oxigênio, tais como o trato urinário dos animais que infecta.
O reservatório natural dessas bactérias são animais silvestres e domésticos, que acabam eliminando via trato urinário as bactérias que podem atingir o ser humano, um hospedeiro tido como acidental.
2. Como posso ser infectado pela Leptospirose?
O contágio acontece pela exposição direta ou indireta à urina de animais infectados. A infecção penetra pela pele lesionada ou também pela pele íntegra quando exposta à umidade por grandes períodos, como acontece quando ocorrem as enchentes.
A transmissão direta ocorre normalmente por profissionais que lidam com esse tipo de animal e costuma ser rara.
Já a transmissão indireta é a mais comum, acontecendo principalmente nos meses chuvosos, quando os indivíduos são expostos à água da chuva contaminada com a urina dos animais infectados.
3. Sintomas da Leptospirose
A leptospirose costuma gerar sintomas entre 1 a 30 dias do contato com a urina do animal infectado. Isso é extremamente importante durante o questionário de sintomas febris de início agudo e, por esse motivo, é importante salientar o contato com água contaminada. Os sintomas podem surgir de forma aguda e tardia.
3.1 Fase aguda da Leptospirose
Na fase aguda, que dura aproximadamente uma semana, acontece a instalação de um quadro febril que é acompanhado por sintomas inespecíficos, tais como a cefaleia, dor no corpo (mialgia), perda do apetite, náuseas, vômitos, diarreia, dores articulares, fotofobia e até mesmo hemorragias.
3.2 Fase tardia da Leptospirose
Na fase tardia, que acontece em até 1 em cada 5 pessoas, pode acontecer o desenvolvimento de formas graves da doença, tais como a síndrome de Weil, com icterícia (pele amarelada), insuficiência dos rins e hemorragias. Nesse caso a mortalidade chega a 50%. Por isso a importância de procurar ajuda especializada!
4. Diagnóstico da Leptospirose
A primeira suspeita surge com a manifestação de uma febre inespecífica com histórico de exposição à água contaminada. Além de todos os sinais da fase aguda ou tardia, alguns exames podem ser realizados. Essa pesquisa pode ser realizada pela visualização direta da bactéria no sangue, culturas, pesquisa do DNA ou inoculação em animais. Vale ressaltar que na fase tardia as bactérias podem também ser encontrados na urina!
Devido à gravidade da doença, quando os sintomas se estendem, o médico costuma solicitar diversos exames para verificar a função dos rins, do fígado, os níveis de eletrólitos (sais) e também a resposta imunológica do indivíduo.
Para sintomas focais exames de imagem também podem ser solicitados. Isso depende da conduta de cada médico e também da disponibilidade de exames.
5. Tratamento da Leptospirose
Além das medidas de suporte, é importantíssimo a realização da antibioticoterapia. Normalmente o antibiótico de escolha costuma ser a amoxacilina, mas existem diversas opções, de acordo com disponibilidade, idade e também especificidades de cada indivíduo.
É importante salientar que a leptospirose é uma doença de notificação compulsória no Brasil!
Casos suspeite dessa doença, não fique em casa, procure imediatamente atendimento médico!