Leishmaniose visceral/calazar: o perigo do mosquito palha

Leishmaniose visceral/calazar

A Leishmaniose Visceral, conhecida também como Calazar é uma doença febril causada por um protozoário flagelado. Essa doença é contraída por meio da picada do mosquito Lutzomyia longipalpis – o mosquito palha -. A doença é caracterizada por uma febre arrastada associada com alterações sanguíneas e do abdome. O diagnóstico da doença pode ser complexo, com alguns desafios que abordarei nesse texto, mas o seu tratamento costuma ser simples.

Continue lendo para saber mais, e, caso manifeste algum sinal, lembre-se de agendar uma consulta no botão abaixo. Atendo na plataforma online também!

1. Leishmaniose Visceral / Calazar: contaminação e mosquito

A leishmaniose visceral é uma doença causada por um protozoário do gênero Leishmania e, normalmente, da espécie chagasi. Esse parasita infecta as células de defesa conhecidas como fagócitos, os quais estão armazenados principalmente no baço, fígado e medula, onde geram suas principais complicações.

1.1 Leishmaniose Visceral / Calazar: o mosquito palha

A transmissão da doença é realizada por meio dos mosquitos Lutzomyia longipalpis, pequeno inseto com hábitos hematófagos e, portanto, que se alimentam do sangue de animais, reservatórios naturais, e depois do sangue dos seres humanos carreando a doença. No perímetro urbano, os cães são as principais fontes de infecção, já no perímetro rural, os reservatório são as raposas e gambás.

2. Leishmaniose Visceral / Calazar: sintomas da doença

Os sintomas da leishmaniose são caracterizados por uma febre de longa duração associada aos seguintes sintomas:

  • Perda de peso;
  • Cansaço;
  • Anemia;
 Na manifestação inicial da doença, pode ocorrer também o crescimento do baço e do fígado. O curso da doença pode ser levado à cura espontânea.
 Na instalação da doença, pode acontecer uma febre irregular associada com palidez das mucosas e da pele, além do crescimento do fígado e baço, levando ao comprometimento da vida do indivíduo, com cansaço e indisposição. esse período pode durar até 2 meses.
 Já no período terminal, caso a doença não seja diagnosticada e tratada, pode acontecer uma intensificação da desnutrição, hemorrgaias espontâneas, pele amarelada (icterícia) e “barriga d’água” (ascite). Nesse caso a doença pode ser mortal.

3. Leishmaniose Visceral / Calazar: complicações

A doença leva os protozoários a se multiplicarem em locais nobres para a manutenção da imunidade do indivíduo, tais como o baço e a medula espinhal. Por esse motivo, os indivíduos podem desenvolver infecções secundárias oportunistas possivelmente fatais, uma vez que o indivíduo perde a capacidade de responder às infecções.

Além disso, devido ao acometimento do fígado, responsável pela desintoxicação do corpo e produção de fatores de coagulação, podem ocorrer hemorragias e pele amarelada (icterícia).

4. Leishmaniose Visceral / Calazar: diagnóstico da doença

O diagnóstico da doença depende principalmente dos seguintes exames:

Indiretos: determinam o acometimento da doença: 

  • Hemograma;
  • Coagulograma;
  • Provas infecciosas;
  • Função hepática.
Diretos: demonstram diretamente a presença do protozoário:
  • Exame sorológico (ELISA);
  • Exame parasitológicos: identificam as formas amastigotas obtidas de punção de medula ou baço.

 

5. Leishmaniose Visceral / Calazar: tratamento

Apesar da dificuldade de identificação da doença, principalmente para os indivíduos que estão fora das regiões endêmicas, como no Nordeste, especialmente no estado do Ceará, o tratamento é relativamente simples, realizado com duas opções, o Antimoniato de N-metil-glucamina ou a Anfotericina-B. Consulte para saber as contraindicações para o uso dessas medicações.

5.1 Leishmaniose Visceral / Calazar: prevenção

Para a prevenção da doença é importante o uso de repelentes e mosquiteiros de malha fina. Para a redução dos vetores, é essencial o saneamento báscio, limpeza urbana e redução de fontes de umidade. Já para os reservatórios, é importante o controle da população canina.

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