A gripe, influenza, vem causando diversas pandemias responsáveis por milhares de mortes em todo mundo. De acordo com estimativas da Organização Mundial da Saúde (OMS), a pandemia de gripe suína de 2009, causada pelo vírus H1N1, resultou em aproximadamente 200.000 mortes em todo o globo. Com a pandemia do COVID-19, é importante relembrar medidas para prevenir também outras viroses com potencial de disseminação e danos tão significativa.
É importante mencionar que as pandemias de gripe são desafiadoras de monitorar e medir completamente, pois podem afetar diferentes países e regiões de maneiras diversas. Para saber alguns cuidados para evitar e também sobre o manejo da doença, continue lendo esse texto!
1. Gripe ou resfriado? Entenda a diferença
O resfriado comum e a gripe são ambas infecções respiratórias causadas por vírus diferentes. Apesar de compartilharem alguns sintomas em comum, elas são causadas por vírus distintos, têm gravidades diferentes e requerem tratamentos e cuidados específicos.
1. Gripe: o resfriado é uma gripe fraca?
- Causa: diferente da gripe, o causador do resfriado comum é normalmente um rinovírus.
- Sintomas: Os sintomas típicos incluem coriza, espirros, tosse leve, dor de garganta, congestão nasal, dor de cabeça leve e mal-estar geral. Febre é pouco comum nos resfriados comuns ou, quando ocorre, costuma ser de baixa intensidade.
- Gravidade: Os resfriados comuns geralmente são leves e autolimitados, não costumam levar a complicações graves e a maioria das pessoas se recupera sem necessidade de tratamento médico específico.
- Transmissão: Pode ser transmitido por gotículas respiratórias quando uma pessoa infectada espirra, tosse ou fala, ou por contato com superfícies contaminadas.
- Duração: Os sintomas geralmente duram de 2 a 7 dias.
2. A Gripe: influenza e suas características
- Causa: a gripe é causada pelos vírus da influenza, que são classificados em três tipos: A, B e C. Os subtipos do vírus A são responsáveis pelas grandes pandemias de gripe.
- Sintomas: Os sintomas incluem febre alta (acima de 38°C), calafrios, dores musculares e nas articulações, dor de cabeça intensa, fadiga extrema, tosse seca, dor de garganta e coriza. Os sintomas da gripe geralmente são mais graves do que os do resfriado comum.
- Gravidade: A gripe pode ser mais grave e, em alguns casos, levar a complicações sérias, especialmente em grupos de alto risco, como idosos, crianças pequenas, gestantes e pessoas com condições de saúde subjacentes.
- Transmissão: É transmitida principalmente pelas gotículas respiratórias produzidas quando uma pessoa infectada tosse, espirra ou fala. Também é possível contrair a gripe ao tocar superfícies contaminadas e, em seguida, tocar o rosto.
- Duração: Os sintomas geralmente duram de 1 a 2 semanas, e a recuperação completa pode levar algumas semanas em casos mais graves.
2. Gripe: diagnóstico da influenza
O diagnóstico da influenza (gripe) pode ser realizado com base na avaliação clínica dos sintomas e sinais apresentados pelo paciente, além de testes laboratoriais específicos. É importante diferenciar a influenza de outras infecções respiratórias, como o resfriado comum, uma vez que os tratamentos e abordagens podem ser diferentes.
Aqui estão as principais formas de diagnóstico da influenza:
Avaliação Clínica: O médico avaliará os sintomas apresentados pelo paciente, como febre alta, calafrios, dores musculares, dor de cabeça intensa, fadiga, tosse seca, dor de garganta e coriza. O histórico recente de contato com pessoas infectadas também pode ser relevante para o diagnóstico.
Testes específicos: são testes imunológicos que detectam proteínas específicas do vírus da influenza em amostras de secreções respiratórias, como esfregaço nasal ou da garganta. Esses testes podem fornecer resultados em questão de minutos, sendo úteis para diagnóstico rápido em ambiente clínico. No entanto, a sensibilidade desses testes pode variar, e resultados negativos em pacientes com sintomas compatíveis com a gripe podem exigir testes adicionais
3. Tratamento da gripe
O tratamento da gripe (influenza) é direcionado para aliviar os sintomas, reduzir a gravidade da doença e prevenir complicações. Geralmente, a maioria dos casos de gripe é leve e pode ser tratada em casa, mas em alguns grupos de alto risco ou em casos mais graves, pode ser necessária a intervenção médica. Aqui estão algumas medidas e opções de tratamento comuns para a gripe:
Repouso: Descansar é essencial para permitir que o corpo se recupere e combata o vírus.
Hidratação: Beber líquidos em abundância, como água, chá e sopas, ajuda a prevenir a desidratação, especialmente se houver febre.
Medicamentos para alívio dos sintomas: Analgésicos como paracetamol ou ibuprofeno podem ser usados para reduzir a febre e aliviar dores musculares e de cabeça. Sempre siga as orientações do médico ou as instruções do rótulo.
Antivirais: Em alguns casos, especialmente em pessoas com maior risco de complicações (como idosos, gestantes ou indivíduos com condições médicas crônicas), o médico pode prescrever medicamentos antivirais específicos para a influenza, como o oseltamivir (Tamiflu) ou o zanamivir (Relenza). Esses medicamentos podem reduzir a duração e a gravidade dos sintomas da gripe, mas são mais eficazes quando administrados nas primeiras 48 horas após o início dos sintomas.
4. Prevenindo a gripe: conheça os cuidados
A prevenção da gripe (influenza) é essencial para reduzir a disseminação do vírus e evitar complicações, especialmente em grupos de alto risco. Aqui estão algumas medidas eficazes de prevenção contra a gripe:
Vacinação: A vacinação anual contra a gripe é a forma mais eficaz de prevenir a infecção. As vacinas contra a gripe são atualizadas regularmente para proteger contra as cepas mais comuns do vírus que circulam em cada temporada. Recomenda-se que pessoas a partir de 6 meses de idade, especialmente aquelas pertencentes a grupos de risco (idosos, crianças pequenas, gestantes e pessoas com condições médicas crônicas), sejam vacinadas.
Higienização das mãos: Lave as mãos com frequência usando água e sabão, esfregando-as bem por pelo menos 20 segundos. Se água e sabão não estiverem disponíveis, use um desinfetante para as mãos à base de álcool.
Etiqueta respiratória: Cubra a boca e o nariz ao tossir ou espirrar com um lenço de papel descartável ou com o cotovelo. Evite cobrir a boca com as mãos, pois isso pode espalhar germes para outras superfícies.
Evitar contato próximo: Evite o contato próximo com pessoas doentes, e se você estiver doente, procure ficar afastado de outras pessoas para evitar a propagação do vírus.
Limpeza de superfícies: Limpe e desinfete regularmente as superfícies e objetos tocados com frequência, como maçanetas, telefones, teclados e interruptores de luz.
Fortalecer o sistema imunológico: Tenha uma alimentação equilibrada, pratique atividades físicas regularmente, durma bem e evite fumar e o consumo excessivo de álcool para fortalecer o sistema imunológico e ajudar o corpo a combater infecções.
Evitar ambientes aglomerados: Em períodos de alta circulação do vírus, evite frequentar ambientes fechados e aglomerados, onde a transmissão do vírus pode ser mais fácil.