Dengue: como é realizado o tratamento dessa doença?

Dengue

A dengue é uma doença febril que pode levar a morte. Essa doença, conhecida também como febre quebra ossos, é muito difundida pelo Brasil, principalmente pelo descuido em relação à proliferação do seu vetor, o mosquito Aedes aegypti, cuja fêmea é hematófaga, ou seja, utiliza o sangue humano como fonte de alimento.

1. O vírus da Dengue e sua transmissão

A dengue é uma doença infecciosa febril causada pelo vírus de RNA que possui 4 sorotipos: DENV1, DENV 2, DENV3 e DENV4. Esses vírus não são transmitidos de pessoa a pessoa, por isso, dependem de um vetor, normalmente o mosquito Aedes aegypti. 

No ciclo dessa doença, o mosquito suga o sangue de alguém contaminado com o vírus e pode inoculá-lo em outro indivíduo, produzindo a doença. 

2. Dengue: Sinais e sintomas de alerta

Os indivíduos infectados pelo vírus manifestam os sintomas após 3 e 15 dias da picada do mosquito, inicialmente a febre alta, entre 39  e 40° C, com início abrupto, associada com cefaleia (dor de cabeça), principalmente atrás dos olhos, e dores pelo corpo e articulações, essa dor pode ser muito intensa, levando ao nome popular da doença – febre quebra ossos -.

Além disso, podem ocorrer as manifestações hemorrágicas, caracterizadas por sangramento pelo nariz (epistaxe), gengiva (gengivorrariga), útero (metrorragia), vômitos sanguinolentos (hematêmese) e também manifestações cutâneas, com pequenos pontos vermelhos chamados de petéquias.

3. Sinais de alarme para a dengue

As principais complicações da doença acontecem quando o indivíduo evolui para as formas hemorrágicas ou quando a resposta inflamatória é tão grande que o indivíduo pode apresentar pressão baixa, alterações na contração do coração e até mesmo choque.

4. Dengue: tratamento geral da doença

O tratamento geral da doença consiste em sintomáticos, medicamentos para controlar a febre e a dor dos pacientes, tendo em consideração também a necessidade de hidratar muito bem o paciente. É importante salientar esse aspecto do tratamento, a hidratação, pois a principal complicação do paciente é o choque, que acontece quando os tecidos não estão bem irrigados.

5. Tratamento da doença grave

Com a identificação de qualquer complicação da doença, é essencial a procura do pronto atendimento mais próximo. Em muitos casos é necessário o manejo intensivo do paciente, com medicamentos e medidas mais invasivas, que demandam a internação do paciente. Por isso, fique atento!

6. Dengue: identificando a gravidade da doença

A doença hemorrágica, forma grave, pode ser classificada por alguns parâmetros clínicos, simples de serem observados, fique atento.

  • Grau I: nessa manifestação inicial, existem apenas sintomas inespecíficos e sinais cutâneos.
  • Grau II: além das manifestações cutâneas, podem acontecer hemorragias leves, como sangramento da pele, gengiva e nariz.
  • Grau III: Nesse estágio já existe maior preocupação, pois acontece o colapso da circulação. Dessa forma, o paciente apresenta pele fria e pegajosa, inquietação, pulso fraco e rápido.
  • Grau IV: Essa é a forma mais grave, sendo caracterizada por Síndrome do Choque da Dengue (SCD), quando não é possível perceber o pulso do paciente e ele perde seu nível de consciência.

Sempre procure ajuda médica ao suspeitar da dengue, Sua saúde deve ser a prioridade!

7. Medidas de controle para a Dengue

Para controlar a disseminação do mosquito e prevenir a propagação da dengue, são necessárias várias medidas de controle, tais como:

  1. Eliminação de criadouros de mosquitos: A principal medida de controle da dengue é eliminar os locais onde o mosquito Aedes aegypti se reproduz. Os mosquitos depositam seus ovos em recipientes com água limpa e parada, como pneus velhos, vasos de plantas, latas, garrafas, calhas e outros locais onde a água pode se acumular. É importante eliminar ou tratar adequadamente esses criadouros para evitar a eclosão das larvas de mosquitos.

  2. Controle químico: O uso de inseticidas pode ser uma medida complementar no controle da dengue, especialmente em áreas de alto risco ou durante surtos. No entanto, o uso de inseticidas deve ser realizado por profissionais treinados e de acordo com as regulamentações locais para garantir sua eficácia e minimizar o impacto ambiental.

  3. Educação e mobilização da comunidade: A conscientização e a participação da comunidade são fundamentais no controle da dengue. É importante educar a população sobre como eliminar os criadouros de mosquitos em suas casas e comunidades, bem como incentivar a participação em atividades de limpeza e prevenção, como mutirões de limpeza e remoção de lixo.

  4. Medidas de proteção individual: As pessoas também podem se proteger individualmente contra a dengue adotando medidas preventivas, como o uso de repelentes de mosquitos, o uso de roupas de manga longa e calças compridas, e a instalação de telas em janelas e portas para impedir a entrada dos mosquitos.

  5. Monitoramento epidemiológico: É importante realizar o monitoramento epidemiológico para identificar áreas de alto risco, surtos ou epidemias de dengue. Isso permite que as autoridades de saúde implementem medidas de controle direcionadas e avaliem a eficácia das estratégias de prevenção e controle.

  6. Melhoria do saneamento básico: A melhoria do saneamento básico, incluindo o fornecimento de água potável, o tratamento adequado do esgoto e a coleta regular de lixo, pode contribuir para reduzir os criadouros de mosquitos e, consequentemente, a disseminação da dengue.

  7. Controle de vetores alternativos: Além do Aedes aegypti, outros mosquitos também podem transmitir a dengue em algumas áreas. Portanto, é importante implementar medidas de controle também para outros mosquitos vetores potenciais, dependendo da região e das espécies de mosquitos presentes.

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