Pneumonia hospitalar: conheça o real perigo

Pneumonia

  A pneumonia é uma inflamação nos pulmões que resulta na formação de líquido nos alvéolos pulmonares – semelhante a um afogamento -, o que dificulta a respiração e pode ser potencialmente grave. A principal diferença entre a pneumonia da comunidade e a hospitalar é o local onde a infecção foi adquirida. A pneumonia da comunidade é contraída fora do ambiente hospitalar, geralmente em casa, escola ou outros locais públicos. Já a pneumonia hospitalar ocorre quando o paciente adquire a infecção durante sua estadia em um hospital ou em uma unidade de saúde.
  O principal agravante da pneumonia hospitalar são os germes multirresistentes, ou seja, com cobertura de tratamento mais restrita! Continue lendo para saber mais sobre o tema e cuidados a se tomar para evitar essa doença caso tenha contato com ambientes hospitalares!

1. Pneumonia hospitalar: quem são os causadores?

 A pneumonia hospitalar é frequentemente causada por bactérias, sendo os principais agentes etiológicos a bactéria Streptococcus pneumoniae (pneumococo), Staphylococcus aureus, incluindo suas cepas resistentes à meticilina (MRSA), e a bactéria Klebsiella pneumoniae. Outros patógenos como Pseudomonas aeruginosa e Escherichia coli também podem estar envolvidos. Além disso, a pneumonia hospitalar pode ser desencadeada por vírus e fungos, como o vírus Influenza e o fungo Candida spp.

1.1 Pneumonia hospitalar ou adquirida na comunidade? Saiba as diferenças

 Para definir uma pneumonia como hospitalar, é crucial avaliar o período em que os sintomas começaram a se manifestar em relação à internação do paciente. Se os sinais de pneumonia aparecerem após 48 horas da admissão no hospital, ou mesmo até 14 dias após a alta, a infecção é classificada como hospitalar. Caso contrário, considera-se uma pneumonia adquirida na comunidade. Esse dado é fundamental para o manejo do paciente!

2. Sintomas da Pneumonia hospitalar

Os sintomas da pneumonia hospitalar são semelhantes àquelas adquiridas na comunidade e podem variar em gravidade e manifestação, mas os mais comuns incluem:

  1. Tosse persistente: A tosse é um sintoma típico da pneumonia e pode produzir catarro ou muco amarelado, esverdeado ou com traços de sangue.

  2. Febre: A febre é um sinal de infecção e é comum na pneumonia. A temperatura pode variar, geralmente sendo moderada a alta, mas também pode haver casos sem febre.

  3. Dificuldade respiratória: A pneumonia pode levar a uma diminuição da capacidade pulmonar, resultando em dificuldade para respirar, respiração rápida ou falta de ar.

  4. Dor no peito: A dor no peito é outro sintoma comum da pneumonia. Pode ser uma dor aguda ou uma sensação desconfortável ao respirar profundamente ou tossir.

  5. Fadiga e mal-estar geral: A infecção pode causar fadiga, fraqueza, dor de cabeça, calafrios e sensação de mal-estar.

  6. Confusão (principalmente em idosos): Pneumonia em idosos pode causar confusão mental, delírio ou alterações no estado de consciência.

  7. Náuseas, vômitos ou diarreia: Alguns pacientes com pneumonia podem apresentar sintomas gastrointestinais, principalmente em casos de infecções virais.

3. Diagnóstico da Pneumonia hospitalar

 O diagnóstico da pneumonia hospitalar pode ser um desafio, principalmente em doentes críticos ou com manifestações atípicas da doença, No entanto, para o diagnóstico levamos em conta os sintomas do paciente, exame físico e exames de imagem.
 Em geral o paciente com pneumonia irá manifestar uma radiografia ou tomografia de pulmão com formação de infiltrado, ou seja, líquido se acumulando no parênquima pulmonar. Além disso, são importantes alguns achados adicionais como:

 

  • Febre; temperatura axilar acima de 38 °C.
  • Aumento ou redução das células de defesa: Leucócitos acima de 10 000/mm³ ou abaixo de 4 000 /mm³. 
  • Secreção purulenta, associada com uma ausculta com crepitação e roncos brônquicos/traqueais.
 Com esses achados, desenvolvemos uma forte suspeita de infecção pulmonar, ou seja, pneumonia, que pode ser reforçada pela culturas, como a do escarro ou do sangue. Sempre procure ajuda médica frente à esses sintomas!

 

4. Tratamento da Pneumonia hospitalar

O tratamento da pneumonia hospitalar é baseado na garantia da respiração do paciente administração de sintomáticos e antibióticos específicos para combater os agentes infecciosos identificados. A escolha do antibiótico é feita com base em fatores como o quadro clínico do paciente, os resultados dos exames e o perfil de resistência dos patógenos prevalentes na instituição de saúde. Em casos mais graves, pode ser necessária a internação em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) para fornecer os cuidados necessários ao paciente.

5. Como evitar a Pneumonia hospitalar?

A prevenção é fundamental para reduzir a incidência de pneumonia hospitalar. Alguns cuidados essenciais incluem:

  • Higienização das mãos: Todos os profissionais de saúde devem seguir rigorosamente as diretrizes de higiene das mãos para evitar a transmissão de microorganismos.
  • Uso racional de antibióticos: A prescrição adequada e a não utilização desnecessária de antibióticos são cruciais para evitar o desenvolvimento de resistência bacteriana.
  • Medidas de isolamento: Pacientes com pneumonia hospitalar devem ser colocados em isolamento adequado para evitar a disseminação da infecção.
  • Ventilação e limpeza do ambiente: É essencial garantir uma boa ventilação nos ambientes de saúde e a limpeza regular das superfícies para minimizar a propagação de patógenos
Sempre procure ajuda médica frente aos menores sinais de doença, a prevenção é o melhor cuidado. No entanto, caso a doença aconteça, iremos fazer o nosso melhor para que se recupere completamente!

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