Hepatite B: um dos perigos do sexo desprotegido

Hepatite B

A hepatite B é uma infecção viral que afeta o fígado e pode causar danos graves à saúde, incluindo cirrose e câncer de fígado. Segundo o Ministério da Saúde, a hepatite B é uma doença endêmica em diversas regiões do mundo, incluindo o Brasil, e representa um grave problema de saúde pública. A doença é transmitida através do contato com sangue, sêmen, fluidos vaginais e saliva contaminados com o vírus da hepatite B, ou seja, principalmente através do sexo desprotegido

A vacinação é a forma mais eficaz de prevenir a hepatite B, além de outras medidas preventivas como o uso de preservativos durante relações sexuais e a não compartilhamento de objetos cortantes e perfurantes. O diagnóstico precoce da hepatite B é essencial para o tratamento adequado e para evitar complicações graves. 

1. Como é Transmitido o Vírus da Hepatite B

O vírus da hepatite B pode ser transmitido de várias formas, incluindo: 

  • Relações sexuais: Embora seja menos comum, o vírus da hepatite C também pode ser transmitido através de relações sexuais desprotegidas.
  • Compartilhamento de agulhas: A transmissão por meio de compartilhamento de agulhas e seringas é a forma mais comum de contágio, especialmente entre usuários de drogas injetáveis.
  • Transfusão de sangue ou transplantes: Antes de 1993, quando os testes para detectar o vírus da hepatite C não eram tão precisos, a transfusão de sangue e derivados era uma forma comum de transmissão do vírus.
  • Uso de objetos contaminados: O vírus da hepatite C pode sobreviver por um período de tempo em objetos contaminados, como lâminas de barbear, escovas de dente, alicates de unha e outros instrumentos perfurocortantes.
  • Transmissão vertical: A mãe infectada pode transmitir o vírus da hepatite C para o bebê durante a gravidez, o parto ou a amamentação.

É importante lembrar que o vírus da hepatite C não é transmitido pelo contato casual, como abraços, beijos, aperto de mão ou compartilhamento de alimentos ou bebidas.

2. Sintomas da Hepatite B

De acordo com o Ministério da Saúde, a hepatite B pode ser assintomática ou apresentar sintomas semelhantes aos de outras hepatites virais. Os sintomas podem variar de leves a graves e podem incluir:

  • Febre
  • Mal-estar
  • Cansaço
  • Dor abdominal
  • Náusea e vômito
  • Perda de apetite
  • Urina escura
  • Fezes claras
  • Icterícia (amarelamento da pele e dos olhos)

É importante ressaltar que a maioria das pessoas com hepatite B não apresenta sintomas e, por isso, pode não saber que está infectada. Além disso, mesmo sem sintomas, a pessoa pode transmitir o vírus a outras pessoas. Por isso, é importante fazer exames para detectar a hepatite B e receber o tratamento adequado, caso seja necessário.

3. Diagnóstico da Hepatite B

O diagnóstico da hepatite B é realizado normalmente mediante à suspeita da doença e testes de sangue que incluem:

  1. Teste de Antígeno de Superfície da Hepatite B (HBsAg): detecta a presença do vírus da hepatite B no sangue. É o teste mais comum para diagnosticar a hepatite B.

  2. Teste de Anticorpos da Hepatite B (Anti-HBs): detecta a presença de anticorpos produzidos pelo organismo em resposta à infecção pelo vírus da hepatite B.

  3. Teste de Anticorpos da Hepatite B Total (Anti-HBc): detecta a presença de anticorpos produzidos pelo organismo em resposta à infecção pelo vírus da hepatite B, incluindo os anticorpos que aparecem durante a fase aguda da infecção.

  4. Teste de Antígeno do Core da Hepatite B (HBcAg): detecta a presença do antígeno do core do vírus da hepatite B no sangue. Esse teste é menos comum e é geralmente usado para fins de pesquisa.

Os testes de diagnóstico devem ser realizados por um profissional de saúde e interpretados adequadamente. É importante lembrar que o diagnóstico precoce da hepatite B é fundamental para evitar complicações e garantir um tratamento adequado.

4. Tratamento para a Hepatite B

O tratamento para hepatite B depende da gravidade da infecção. Algumas pessoas com hepatite B aguda se recuperam espontaneamente sem a necessidade de tratamento específico com o médico infectologista, enquanto outras podem precisar de hospitalização para receber cuidados de suporte, como hidratação intravenosa e controle dos sintomas. Além disso, medicamentos específicos podem ser utilizados para o controle viral. Converse com o seu infectologista!

5. Vacina para Hepatite B

De acordo com o Ministério da Saúde, a vacina contra hepatite B é parte do calendário nacional de vacinação e está disponível gratuitamente na rede pública de saúde para grupos prioritários. Os grupos prioritários incluem:

  • Recém-nascidos: a primeira dose deve ser administrada nas primeiras 12 horas de vida, a segunda dose aos 2 meses e a terceira dose aos 6 meses.

  • Crianças e adolescentes até 19 anos de idade que não tenham sido vacinados anteriormente.

  • Trabalhadores da área da saúde e outras pessoas que lidam com sangue e fluidos corporais.

  • Pessoas com risco aumentado de infecção pelo vírus da hepatite B, como parceiros sexuais de pessoas infectadas, usuários de drogas injetáveis, pessoas que fazem tatuagens ou piercings, entre outros.

A vacina contra hepatite B é segura e eficaz na prevenção da infecção pelo vírus da hepatite B. É importante lembrar que a vacinação é a melhor forma de prevenir a infecção pelo vírus da hepatite B, já que não há cura para a infecção crônica. Por isso, é importante seguir o calendário de vacinação recomendado pelo Ministério da Saúde e manter-se protegido contra a hepatite B.

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