A Doença Meningocócica é uma entidade infecciosa causada pela Neisseria meningitidis (meningococo), uma bactéria com forma de diplococo, Gram-negativa, causadora também da meningite. Essa doença apresenta diversas manifestações, sendo a infecção do sangue – septicemia (meningococcemia) a mais grave, causando manifestações hemorrágicas, meningite, cefaleias (dores de cabeça) intensas, associada com outros sinais que podem levar o paciente ao rebaixamento do nível de consciência, coma e morte.
Essa doença também possui um caráter de notificação compulsória e é necessário que todos os indivíduos que tiveram algum contato com o paciente tomem medicações para prevenir a doença.
Quer saber um pouco mais? É só continuar lendo!
1. O que é a Doença Meningocócica?
A doença meningocócica é uma entidade clínica, devido às suas diversas formas de manifestação. É uma doença infecciosa por definição, pois é causada pela contaminação do indivíduo pela bactéria Neisseria meningitidis, um diplococo Gram negativo conhecido também como meningococo. Essa doença pode gerar sinais leves, moderados e graves, podendo causar morte. Por esse motivo, ela também deve ser sempre notificada pela equipe médica, bem como orientações para o paciente e a família devem ser realizadas. Continue lendo!
2. Doença Meningocócica: sintomas
Os sintomas da Doença Meningocócica são diversos, sendo o foco do diagnóstico a observação do caráter infeccioso e também os sinais de risco para doença grave que podem estar acontecendo. Em geral a doença pode gerar as seguintes apresentações:
2.1 Doença Meningocócica benigna
Nessa situação o quadro é de febre, dores pelo corpo, infecção respiratória e prostração. Lembra um resfriado comum e muitas vezes o indivíduo não chega a procurar ajuda médica.
2.2 Meningococcemia: forma grave da Doença Meningocócica
Na meningococcemia a bactéria consegue contaminar o sangue, gerando prostração intensa, febre alta associada à calafrios, manifestações dermatológicas hemorrágicas – pequenos pontos vermelhos ou equimoses, meningite e seus sintomas de irritação como cefaleia, náuseas e vômitos, rigidez de nuca.
2.3 Doença Meningocócica: complicações
As complicações da Doença Meningocócica agravada incluem inflamação articular, surdez, paralisias, necroses e morte.
3. Doença Meningocócica: transmissão
A transmissão da Doença Meningocócica acontece de maneira simples, pelo pelo contato íntimo de pessoa a pessoa além das secreções de boca e nariz, por gotículas, que podem ser liberadas em conversas, espirros ou por objetos contaminados com esse tipo de secreção; e acontece nos indivíduos em até 24h do início do tratamento ou desaparecimento dos sintomas.
4. Diagnóstico da Doença Meningocócica
Além de levar em conta toda a história clínica do paciente, com possibilidade de exposição, manifestação dos sintomas e dos sinais, agravamentos e exame físico, o diagnóstico da Doença Meningocócica pode ser realizado pelo isolamento da bactéria em alguns locais do nosso organismo.
Esse isolamento pode ser realizado por meio do líquor, um líquido que banha o nosso sistema nervoso central, bem como no sangue ou secreções respiratória. Além disso outros exames podem indicar a presença de inflamação ou de fragmentos dessa bactéria no corpo.
5. Doença Meningocócica: tratamento
Todos os indivíduos com suspeita de Doença Meningocócica devem procurar ajuda médica. Essa patologia pode gerar sequelas irreversíveis e a morte, além de possuir uma transmissão facilitada.
O tratamento é realizado normalmente pelo uso de antibióticos pela veia, via endovenosa, além do controle dos sinais vitais e sintomas do paciente.
5.1 Profilaxia da Doença Meningocócia
Todos os íntimos do paciente devem tomar quimioterápicos, normalmente o medicamento de escolha é a rifampicina, uma droga utilizada para o tratamento da tuberculose, por um período de 2 dias para evitar a doença. Além disso, é essencial o isolamento do paciente nas primeiras 24 horas do tratamento, buscando evitar a disseminação da doença.