A Doença de Chagas é causada pelo protozoário flagelado Trypanossoma cruzi por meio da picada dos triatomíneos, uma espécie de percebejo que vive normalmente em ambiente silvestre e possui hábito hematófago, isso significa que a espécie se alimenta do sangue de animais e, ocasionalmente, de humanos, sendo vetor da doença por um mecanismo explicado aqui nesse artigo.
A suspeita da doença inclui as manifestações clínicas e o histórico de viagem ou moradia em regiões endêmicas do inseto transmissor. Já o tratamento para essa doença deve ser realizado o mais precoce possível para evitar as manifestações mais graves da patologia. Continue lendo para saber mais!
1. Causador e vetor da Doença de Chagas
A Doença de Chagas é uma zoonose causada por um protozoário, o Trypanossoma cruzi. A infecção acontece quando os Triatomíneos contaminados, uma espécie de percevejo com hábitos hematófagos (alimenta-se de sangue), defecam sobre regiões de pele ou mucosa lesionada.
O que acontece normalmente é que o animal, que recebe o nome de barbeiro por escolher normalmente a região da face, pica o ser humano e logo em seguida, ou durante, o repasto sanguíneo, defeca nas proximidades. Esse processo causa prurido (coceira) levando o indivíduo a carrear as fezes do animal diretamente para a ferida.
Além disso, pode ocorrer a transmissão oral, por meio de alimentos contaminados, transfusão ou transplante de órgãos, vertical (da mãe para o bebê), ou acidental, no manejo de material contaminado.
2. Sintomas da Doença de Chagas
Além da lesão pruriginosa causada pela picada do inseto, durante a fase aguda, a Doença de Chagas pode levar a sintomas inespecíficos, tais como febre recorrente, fraqueza, cefaleia (dor de cabeça) e dores no corpo, bem como alterações cardíacas, com inflamação do tecido muscular do coração, levando à cardiomegalia (crescimento do coração), insuficiência e ao tamponamento.
Na fase crônica, caso não seja realizado o tratamento, pode ocorrer uma estabilização do quadro, assim como um agravamento das morbidades cardíacas, levando à arritmias, aneurisma, acidentes tromboembólicos, falta de ar, tonturas e desmaios. Outra alteração que pode ser percebida é a intestinal, com alterações do trânsito, cólica, desconfortos inespecíficos, refluxo e também o megacólon chagásico, levando a fecalomas (fezes acumuladas em grande quantidade) e distensão abdominal.
3. Diagnóstico da Doença de Chagas
O diagnóstico da Doença de Chagas deve ser realizado por um médico, com a análise das manifestações iniciais, histórico de moradia ou viagem para regiões endêmicas e também com alguns exames específicos, tais como:
- Eletrocardiograma: para avaliar alterações cardíacas.
- Exames de imagem: para avaliar área cardíaca e alterações intestinais.
- Exames de sangue: identificando os anticorpos anti-Trypanossoma Cruzi por meio da dosagem de IgM ou IgG que surgem na fase aguda e crônica respectivamente.
3.1 Áreas endêmicas da Doença de Chagas
Fique atento se viajou ou reside nas seguintes áreas:
- Amazônia legal no Brasil e América do Sul.
- México.
4. Tratamento da Doença de Chagas
O tratamento específico deve ser realizado por um médico, assim que é realizado o diagnóstico da doença e utiliza o Benzdidazol. Esse medicamento é contraindicado para gestantes.
O tratamento da gestante deve envolver o uso de sintomáticos e monitoramento constante. Após o nascimento os recém-nascidos devem receber tratamento precocemente.
Além disso os sintomas deve ser controlados de acordo com sua manifestação, normalmente do sintomas e sinais cardíacos e intestinais.
5. Medidas de Controle para a Doença de Chagas
Além dos cuidados transfusionais e nos transplantes de órgãos, é importante o controle dos vetores, por uso de inseticidas e melhora das habitações. As casas de ‘pau-a-pique’ são as mais relacionadas à presença dos percevejos que causam a doença.