A Hanseníase é uma doença crônica causada por uma bactéria: o Mycobacterium leprae. Essa bactéria pode infectar muitos indivíduos, mas poucos acabam contraindo a doença. Antigamente essa doença era chamada de Lepra, que era um diagnóstico praticamente terminal e que excluia os indivíduos do seu ambiente social, por esse motivo esse termo foi abolido.
A transmissão acontece pelas partículas dissipadas pelas vias aéreas superiores de pessoas contaminadas e a doença se manifesta após anos de contágio. A manifestação mais comum são lesões em pele com perda de sensibilidade, podendo complicar com infiltrações e edemas e também formação de nódulos, febre e dor articular. O tratamento dos pacientes é por meio de uma poliquimioterapia, com a combinação de alguns medicamentos. Continue lendo para saber em detalhes!
1. O que é a hanseníase?
A Hanseníase é uma doença infecciosa crônica, que evolui lentamente com disfunção nervosa periférica. O agente causador da Hanseníase é o Mycobacterium leprae, um bacilo álcool-ácido resistente que contamina as células dos nervos periféricos, em especial, as células de Schwann que revestem os neurônios.
A Hanseníase é uma doença que se dissemina com facilidade, por meio das partículas exaladas por pessoas contaminadas, mas que por sorte possui uma baixa patogenicidade. Isso significa que mesmo expostos, poucos indivíduos contraem a doença especificamente.
Os grupos de maior risco, portanto, são as pessoas que convivem diariamente com os doentes, pois aumenta o período de exposição.
2. Hanseníase: sintomas
Os sintomas mais característicos da Hanseníase são as manchas de pele com alterações da sensibilidade e comprometimento dos nervos periféricos que podem incluir perda da sensibilidade, movimentos ou reflexos.
As manchas também contribuem para definir a característica da doença através do número de lesões. Essa classificação é importante pois guia o tratamento. Existem, nesse sentido, as hanseníases:
- Paucibacilar (PB): com até 5 lesões de pele.
- Multibacilar (MB): com mais de 5 lesões de pele.
2.1 Hanseníase: reação tipo 1/reversa (RR)
A reação tipo um é caracterizada por novas lesões com alteração de cor e edema nas lesões antigas. Essas lesões podem adquirir espessamento e gerar dor nos nervos periféricos.
2.2 Hanseníase: reação tipo 2/eritema nodoso (ENH)
A reação hansênica do tipo 2 está relacionada a nódulos subcutâneos dolorosos – as ínguas – que podem também trazer febre, dores articulares e dor.
3. A Hanseníase é transmissível?
A Hanseníase possui uma alta taxa de transmissibilidade, sendo distribuída amplamente pelas pessoas contaminadas, bacilíferas, por meio das partículas liberadas pelas vias aéreas superioras. Por isso, principalmente os contactantes de longa duração como os familiares, devem ser pesquisados quanto à possibilidade de ter desenvolvido a doença.
4. Diagnóstico da Hanseníase
Para o diagnóstico da Hanseníase é essencial que procure atendimento médico, que irá coletar todas as informações epidemiológicas, clínicas e também irá fazer a análise dermatológica das lesões suspeitas. Além disso é possível realizar a Baciloscopia, um exame que leva à análise uma amostra da lesão. É importante salientar que o exame ser negativo não exclui a doença, por isso a consulta é tão importante. Sempre que positivo esse exame determina o caso como multibacilar (MB) independente da lesão.
5. Tratamento da hanseníase
Todos os pacientes com hanseníase devem ser tratados com a poliquimoterapia que é realizada com medicamentos como a rifampicina, utilizada no tratamento da tuberculose, e dapsona, por um período de 6 meses, com doses supervisionadas. Procure atendimento médico para orientação quanto ao tratamento, quais exames devem ser realizados, quais os efeitos e sinais de alarme para a doenças, orientações gerais e também para entender e saber o que fazer frente aos efeitos adversos das medicações.