A meningite é a inflamação de uma camada que reveste todo nosso sistema nervoso central. Devido à essa localização delicada, as repercussões dessa doença podem ser muito graves, podendo gerar sequelas ou mesmo a morte. O diagnóstico dessa doença envolve a observação de alguns sinais específicos e também é importante a realização de exames. O tratamento da meningite depende da etiologia da doença. Por ora, caso sinta ou observe alguém com alguma dor muito intensa na cabeça, que produza vômitos em jato e rigidez na nuca, procure imediatamente atendimento médico. Combinado?!
1. O que é a meningite?
A meningite é a inflamação das membranas serosas que revestem o sistema nervoso central. Essa inflamação pode acontecer por agentes como os vírus, principal causador, como por bactérias, fungos e outros microrganismos. Um fator importante a ser analisado é que normalmente as barreiras imunológicas são suficientes para evitar que ocorra a meningite. Por esse motivo, pacientes convivendo com o HIV (PVHIV) possuem predisposição ao desenvolvimento de meningites.
2. Sintomas da Meningite
A meningite se manifesta com alterações do sistema nervoso central, por esse motivo existe:
- Dor de cabeça intensa;
- Náuseas e vômitos, que podem ser em jato;
- Confusão mental;
- Sensibilidade à luz;
- Febre;
2.1 Meningite no bebê
O bebê também está exposto à meningite. No entanto, as manifestações podem ser um pouco diferentes, uma vez que o bebê ainda não desenvolveu as habilidades de comunicação para relatar a doença. Os principais sinais que geram suspeita da meningite nesse grupo especial são:
- Febre ou perda de temperatura;
- Vômitos;
- Irritabilidade;
- Lentidão/sonolência excessiva;
- Convulsões;
2.2 Sinais de alarme da meningite
Os principais sinais de alarme da meningite, que também estão relacionados com a gravidade da doença são:
- Alteração do estado mental;
- Convulsões;
- Alterações cardiorrespiratórias;
3. Diagnóstico da meningite
O diagnóstico da meningite costuma ser clínico e laboratorial.
Do ponto de vista clínico, além dos sintomas citados acima, podem aplicar alguns testes no exame físico que identificam a irritação meníngea. Os principais são o sinal de Kernig e Brudzinski, que são realizados pelo médico na avaliação do paciente. Alterações da pele também costumam ser um indicativo da doença, por isso é importante relatar essas alterações.
Do ponto de vista laboratorial além dos exames que avaliam a presença de infecção o exame de líquor, líquido que reveste as cavidades do sistema nervoso, é essencial. O líquor permite diferenciação das principais etiologias da meningite por meio dos elementos e células encontradas em: meningite bacteriana, viral e fúngica. Essa diferenciação é importante para a escolha do tratamento.
4. Tratamento da meningite
Além do monitoramento e controle dos sintomas, o tratamento específico da meningite depende da etiologia da doença, as principais são:
Para as meningites virais, muitas vezes basta o monitoramento clínico, sem necessidade do uso de drogas, no entanto existem alguns medicamentos antivirais disponíveis dependendo da causa viral.
Para as meningites bacterianas é essencial a realização de antibióticos. A escolha do antibiótico inicial é a de amplo espectro, mas de acordo com o resultado da cultura e do antibiograma o esquema pode ser aprimorado, utilizando um medicamento específico.
5. Prevenção da meningite
A prevenção contra a meningite costuma a ser realizada por meio da vacinação contra os tipos bacterianos, que costumam gerar repercussões mais graves da doença. Converse com o seu médico para a realização das vacinas obrigatórias e também para se informar sobre as outras opções vacinais que podem ser realizadas. Sua saúde deve estar sempre em primeiro lugar!