Criptococose e a meningite no paciente com HIV

Criptococose

O Cryptococcus neoformans e suas variações são fungos conhecidos por causar infecções oportunistas, principalmente em pessoas imunocomprometidas tais como PVHIV, transplantados e outros usuários de corticoides. 

Continue lendo para entender um pouco mais sobre essa doença!

1. O que Criptococose?

Como pode imaginar, a criptococose é uma doença infecciosa causada por um fungo. Outros nomes para essa doença são: tolurose ou blastomicose européia.

Esse fungo é saprófito, isso significa que ele está distribuído pelo solo e também por vegetais em decomposição, tais como cereais, frutas, árvores, excrementos, entre outros. 

Normalmente ele não causa qualquer doença. Isso acontece pois o nosso sistema imunológico possui a capacidade de combater a infecção. No entanto, algumas pessoas possuem alterações importantes da imunidade, tais como as pessoas vivendo com o HIV (PVHIV), transplantados e pacientes reumatológicos que necessitam usar corticoides.

2. Como acontece a transmissão dos critptococos?

Os criptococos são transmitidos por contato direto com solo e também com materiais em decomposição. 

As vezes de alguns animais como pombos podem levar por meio das fezes os esporos desses fungos, sendo importantes vetores para a disseminação da doença no ambiente urbano.

3. Quem tem mais risco de desenvolver a criptococose?

A criptococose é uma doença oportunista. Esse tipo de doença costuma ser facilmente repelida pelo nosso sistema imunológico. No entanto, em algumas situações em que ele está suprimido, elas podem gerar repercussões catastróficas. Como citei no início desse artigo, as PVHIV e outros imunossuprimidos como usuários de corticoides podem ser acometidos.

 

3.1 PVHIV e AIDS: quais os riscos para essas pessoas?

O HIV é um vírus cuja ação influencia diretamente nosso sistema imunológico. Por si só, ele não causa grandes malefícios, sendo relatados sintomas de resfriado comum na maioria das vezes. Todavia, ele pode causar severas consequências devido ao seu efeito na nossa imunidade. O HIV reduz a nossa capacidade de defesa contra todos os outros microrganismos, inclusive o criptococos.

4. Criptococose e a meningite

De todas as consequências desse fungo no organismo, a infecção das membranas que recobrem o nosso sistema nervoso central, meningite, é a mais severa. Com  risco de morte!

Esse tipo de infecção costuma ser mais habitual nas pessoas que possuem imunossupressão grave, tais como indivíduos com a infecção pelo HIV na fase da AIDS (síndrome da imunodeficiência adquirida).

5. Diagnóstico da meningite causada pela criptococose

A suspeita de meningite surge quando o paciente apresenta sintomas como uma cefaleia de forte intensidade associada a vômitos e irritação meníngea. Esses sintomas devem levar o indivíduo a procurar ajuda médica imediatamente.

Para o diagnóstico definitivo é necessário um estudo do liquor, o líquido que recobre o nosso sistema nervoso. Esse estudo é realizado utilizando a tinta da china ou nankin, que permite a visualização do fungo.

6. Meningite e o tratamento da Criptocose

Quando acontece a imunossupressão severa em pacientes com HIV é essencial a realização das medicações para reduzir os títulos do vírus no nosso corpo. Esse tratamento já foi conhecido como ‘Coquetel’, devido à grande quantidade de pílulas, no entanto, hoje em dia, com o progresso da ciência, ele é simplificado.

Para o tratamento específico da meningite podem ser realizadas algumas medicações em nível hospitalar. Já para outras infecções esse tratamento pode ser realizado na forma oral.

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